Era uma manhã normal no trem até eu ficar completamente hipnotizada pelo cara sentado do outro lado do corredor. Ele estava gritando com alguém ao telefone como se fosse o dono do mundo. Quem o engomadinho metido pensava que era? Deus? (Na verdade, ele parecia um deus, mesmo...) Quando sua estação chegou, ele se levantou bruscamente e saiu, deixando cair o telefone no caminho. Talvez eu o tenha achado. Talvez eu tenha passado por todas as suas fotos. Talvez eu tenha ficado com o telefone do homem misterioso por dias até finalmente criar coragem para devolvê-lo. Mas, quando cheguei a seu escritório chique, ele se recusou a me ver. Então, deixei o telefone na mesa vazia do lado de fora da sala daquele idiota arrogante. Talvez eu tenha salvado uma foto minha em uma pose não exatamente angelical para provocá-lo. Eu não esperava que ele respondesse. Nem que começássemos a trocar mensagens cada vez mais picantes. E, muito menos, que eu me apaixonasse perdidamente por ele.