O Sistema Único de Saúde (SUS), no tocante às suas estruturas organizativas, tem como principal desafio o compartilhamento de sua gestão na região de saúde pelos entes federativos. A presente obra aborda este tema de maneira abrangente. A autora, reconhecida por sua atuação no campo da gestão do SUS, utiliza seus conhecimentos de mais de vinte anos e analisa a organização jurídico-administrativa da saúde pública, enfrentando o desafio de harmonizar a descentralização da saúde para mais de cinco mil municípios e vinte e sete estados em nome da sua unidade sistêmica. Sua afirmação de que é preciso regionalizar a descentralização para não fragmentar o SUS e, assim, garantir a integralidade da assistência à saúde é o principal tema desta obra. A integração sistêmica do SUS, em razão de sua descentralização, tem sido um desafio ímpar. As regiões de saúde, disciplinadas no Decreto n. 7.508, de 2011, e a articulação interfederativa, reconhecida pela Lei n.12.466, de 2011, avançaram consideravelmente na consolidação dessas estruturas regionais, contribuindo para a existência de governança regional. A solidariedade sistêmica (entre os entes federativos na região de saúde) é essencial para a garantia da efetividade do direito à saúde do cidadão. A integralidade da atenção à saúde somente poderá ser satisfeita se os desafios da gestão compartilhada forem vencidos.