Michael Scott revela a dramática história da completa reviravolta sofrida pelo mundo antigo no período de apenas uma geração, em uma brutal luta pelo poder cujo resultado definiria nosso modelo de sociedade e democracia durante séculos. A “implosão” da antiga Atenas ocorreu em meio a uma desaceleração econômica incapacitante, enquanto os políticos cometiam delitos financeiros e soldados eram enviados para combater as “impopulares” guerras estrangeiras. Dos democratas aos reis nos mostra, portanto, que as tensões que levaram ao colapso da democracia grega há 2.400 anos não são muito diferentes das que enfrentamos hoje. Em 404 a.C., Atenas foi devastada por uma longa e sangrenta guerra com a vizinha Esparta. A cidade-Estado democrática e símbolo da liberdade no mundo antigo, então, desembainha sua espada contra seus próprios princípios filosóficos e políticos. Elementos cruciais da história, cultura, política, religião e identidade da Grécia são ferozmente debatidos nos espaços públicos, nas ruelas e campos de batalha atenienses. Enquanto isso, o controle da Grécia fica à disposição de quem se aventurar. Cidades como Esparta e Tebas entram na disputa. Poderosos tiranos tentam se impor no cenário internacional. O governante do poderoso império persa procura expandir seu reino. E regras são deixadas de lado em um momento em que os amigos se tornam inimigos, e vice-versa, em episódios cada vez mais turbulentos de diplomacia, guerra e traição. Em 323 a.C., menos de cem anos depois da queda de Atenas, a cidade-Estado e o resto da Grécia, para não falar de uma boa parte do mundo conhecido, estão sob o controle de um monarca absoluto, mestre da autopromoção e modelo para os déspotas dos milênios subsequentes: Alexandre, o Grande.