Revela aspectos importantes do intenso diálogo que Mário de Andrade manteve com o universo cultural da Argentina entre os anos de 1920 a 1945. Patrícia Artundo analisou diversos documentos nos dois países, o que lhe permitiu reconstruir o caminho percorrido em ambas as direções. Percebe-se em seu trabalho como a literatura, as artes plásticas, os estudos sobre o folclore e outras fontes enriqueceram as reflexões de Mário sobre seu próprio país. A Coleção de Artes Plásticas de Mário, hoje depositada no IEB, mostra que a presença argentina é rica no acervo do escritor, e a autora procurou rastrear o significado que podem ter tido em sua produção artística ou nas reflexões sobre a arte que se produzia naqueles anos. Patricia mostra também o papel que o contato com Mário teve para os intelectuais e artistas argentinos, ocupando um lugar central entre eles, especialmente na década de 1940.