Nosso estado está na ponta quando se fala em agressão a mulher é o que leio sempre quando se fala em políticas públicas para o caso mas qual é a ponta que apontam? Fui entrevistar algumas mulheres que foram agredidas. Queria entender o que elas têm em comum. O que lhes falta. O que as move. Por que permanece nessa simbiose já que a vida é fruto da visão de cada um. Viver é plantar. Plantar atitudes. Sair do casulo. Ir ao encontro de novas descobertas. Mudar. Transformar-se. Refazer-se. Abandonar o ciclo de violência a que foi submetida e buscar, conhecer, aprender e renascer. Buscar em lugar distante, com olhar diferente, um novo jardim para voar. Foi o que eu fiz. Não vou relatar, evidentemente, o nome das vítimas, mas falarei por poemas as suas vidas. Contarei, como se fora minha, as suas histórias, as suas experiências. Quem sabe eu consiga interessá-las, fasciná-las por uma nova vida. Uma vida diferente. [...]