O estudo do nosso sistema financeiro globalmente considerado desde há muito que apresenta importantes e consagradas referências na doutrina portuguesa. Sendo conhecidas as mais recentes, e sem esquecer as que lhe são anteriores, basta a este propósito recordar obras fundadoras do início do Século passado, tais como as de RUY ULRICH (Da Bolsa e suas Operações, 1906), JOSÉ LOBO D'ÁVILA LIMA (Soccorros Mútuos e Seguros Sociaes, 1909), FERNANDO EMYGDIO DA SILVA (Seguros Mútuos, 1911), ou JOÃO PINTO DA COSTA LEITE (LUMBRALES) (Organização Bancária Portuguesa, 1926). Depois disso, os desenvolvimentos continuaram, mais na área bancária, menos no sector segurador, e com maior crescimento relativo recente no domínio do mercado de capitais, sem esquecer a tradição da escola de finanças públicas, cujas áreas de sobreposição com o sistema financeiro, tendo sido fundamentais no passado, têm ainda hoje um relevo importante (v.g., fiscalidade, dívida pública, segurança social).