A obra, que tenho o prazer de prefaciar, cuida do poliamor, essa nova modalidade de arranjo familiar, que vem ocorrendo atualmente, ao lado das formas tradicionais de família. É importante destacar, que a família vem evoluindo constantemente. Sua evolução, e aqui o termo é adotado em tom neutro, acompanha os anseios sociais, a depender do tempo e do lugar. Principalmente após a Revolução Industrial, cujos efeitos culminaram na Revolução Sexual dos anos 1960, a família vem ganhando nova roupagem. A presente obra tem por objetivo analisar a possibilidade de reconhecimento jurídico do poliamor, que, segundo o autor, se desdobra nas uniões simultâneas e poliafetivas. São entidades familiares que, embora gerem estranheza para alguns, vêm sendo socialmente aceitas e praticadas, não podendo, portanto, ser menosprezadas. O autor, Otávio de Abreu Portes Júnior, que tive a honra de orientar, é o jovem e brilhante advogado, professor universitário, mestre em Direito Privado.