Diferente de todos os outros livros que existem sobre o cantor e compositor mais cultuado dos nossos tempos, A balada de Bob Dylan usa como referências históricas quatro shows cruciais de Dylan - em 1963, 1974, 1997 e 2009. Através deles, Daniel Mark Epstein analisa as circunstâncias em que aconteceram, as mudanças no comportamento do público, as evoluções no repertório, as diferenças nos arranjos das músicas mais conhecidas e, por fim, os rumos de uma carreira artística excepcionalmente corajosa. Com uma formidável apresentação de Eduardo Bueno - uma das maiores referências em Dylan no Brasil - o livro vai além de uma simples biografia. Epstein estabelece os marcos da trajetória do músico, indica seus momentos de virada e compõe também um retrato da formação e do amadurecimento intelectual de Dylan. Com isso, leva o leitor num passeio pela cultura ocidental, dos anos 1960 até os dias de hoje. E o faz de modo tão carinhoso, cheio de insights e de histórias nas quais as vidas de ambos se entrelaçam que temos a sensação de estar lendo sobre um amigo genial, familiar e controverso.