O ESTRANHO CASO DO DOUTOR JEKYLL E DO SENHOR HYDE, também conhecido por ‘O Médico e o Monstro’ foi publicado originariamente em 1886. Em Jekyll, há "I kill" (eu mato, em inglês). Esta tendência humana pecaminosa estaria oculta por Jekyll e se manifestaria em Hyde (hidden - oculto em inglês). Quando Hyde surge, atos como o de assassinar surgem também. O protagonista deve lidar com seus dois "eus": um inclinado ao bem (Jekyll), e outro, ao mal (Hyde). Hyde sofre por ser reprimido por normas religiosas, morais, aceitas por Jekyll; já Jekyll sofre pelo remorso de ter praticado o mal, ação de Hyde. Logo, existe uma dualidade na pessoa: uma propensão ao bem e outra ao mal. O ideal seria que cada uma das partes da alma fosse independente uma da outra. Convém observar também que parece não existir uma oposição perfeita entre Jekyll e Hyde. Este foi definido como pura essência maligna, enquanto não se sugere que Jekyll seja "pura essência benigna". O autor da obra usa muitas expressões de cunho religioso, teológico, como por exemplo "Satanás; Juízo Final; árido volume de teologia; figura clara de um demônio; lei de Cristo; algum pecado antigo surgisse (...) exigindo expiação; confessando, a consciência ficando mais leve; alma; maior dos pecadores e maior dos penitentes; Senhor; indulgência; redimir; "rosário da minha penitência"". Londres, final do seculo XIX: um misterioso homem que desafia a policia metropolitana; um advogado em busca de desvendar a real identidade criminoso. O clima sombrio da capital inglesa contorna a historia e da o tom de misterio, pois mesmo durante o dia, a nevoa deixa a cidade escura, transformando os seus habitantes em vultos fantasmagoricos.