A Lei Maria da Penha tem efetividade para romper o ciclo da violência, recuperar o agressor e proteger a vítima? Essa violência que mata milhares de mulheres a cada ano é um fenômeno complexo, que envolve aspectos culturais e históricos de submissão da mulher, decorre de um padrão comportamental aprendido e de estereótipos enraizados na sociedade. Normalmente acontece dentro de casa e atinge pessoas nas relações afetivas. Mesmo diante de risco de morte, há o silêncio e a retratação da vítima. Por isso, a violência doméstica e familiar contra a mulher é tão difícil de ser enfrentada. Para modificar essa realidade, é preciso reler a Lei Maria da Penha à luz da efetividade e de um enfoque multidisciplinar, o que se propõe nesta obra, em que são estudados aspectos como: retrospecto histórico, convenções internacionais, a violência ao redor do mundo, conceito de gênero, feminicídio, violências física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, perfis da vítima e do agressor, motivos do silêncio da vítima, ciclo da violência, as medidas de proteção e o processo criminal da violência, com destaque para a impossibilidade de aplicação da Lei no 9.099/95 e atuação inovadora de autoridades públicas. Com esta abordagem ampla, é possível dotar a Lei Maria da Penha de efetividade enquanto instrumento de transformação social, capaz de salvar a vida de mulheres e modificar a realidade das pessoas submetidas à violência. Livro recomendado para os operadores do Direito, estudiosos e profissionais de todas as áreas, pois contém um enfoque multidisciplinar, além de quadros gráficos que facilitam a compreensão do tema e a utilização da Lei Maria da Penha. Leitura complementar para as disciplinas Direito Penal e Processual Penal dos cursos de graduação e de pós-graduação em Direito.