Esta obra propõe uma abordagem às teorias e modelos de comunicação desenvolvendo-se segundo uma estratégia marcadamente didáctica, de forma a torná-la um meio útil de informação necessariamente acessível ao vasto leque de formações a que se destina. De igual modo se vislumbra na obra urna preocupação central em facultar uma visão integrada da comunicação nos seus diferentes contextos ou níveis onde esta acontece: «comunicação interpessoal», «comunicação em pequeno grupo», «comunicação organizacional» e «comunicação de massas». Dada a diversidade de destinatários, a obra estrutura-se e desenvolve-se de forma a manter o tratamento dos diferentes conteúdos acessíveis, sem sacrifício, contudo de um mínimo de rigor. Crê-se, porém, que a motivação para a sua leitura será particularmente acrescida para todos aqueles que, independentemente da sua formação, procuram melhor perceber os mecanismos do processo comunicacional e a sua importância na dinâmica da sociedade contemporânea. O seu conteúdo, para além de confrontar o leitor com as diferentes teorias e modelos que integram a área das ciências da comunicação, pretende contribuir ainda para a tomada de consciência da complexidade das matérias em presença, acentuando assim a necessidade do desenvolvimento de uma atitude crítica indispensável ao cidadão do século XXI. É assim que, nesta obra, M. João Vaz Freixo, defende o estudo da comunicação como uma emergência colocada a todas as formações e que se impõe ao exercício responsável da cidadania neste dealbar do milénio, dada a ubiquidade da comunicação. Para qualquer observador, mais ou menos atento às grandes transformações sociais, facilmente identifica a comunicação como um dos símbolos mais fortes do século XX, projectando-se com toda a sua evidência neste nosso tempo. O seu objectivo de aproximar os homens, os valores e as culturas, está no âmago do modelo democrático e impõe-se através de meios e técnicas cada vez mais eficazes e sedutoras. Por tudo isto, torna-se absolutamente necessário saber escolher, saber seleccionar... contudo, para que possa ocorrer tal escolha, necessariamente consciente, é forçoso conhecer o essencial sobre o processo global de comunicação, as suas implicações e, sobretudo, ter desenvolvido conheci¬mentos e massa crítica bastante para tal exercício. É justamente este o caminho que M. João Vaz Freixo nos propõe, rumo a uma melhor comunicação, o que equivale a dizer, rumo a uma sociedade mais justa e fraterna. MANUEL JOÃO VAZ FREIXO, Doutor em Ciências da Comunicação na especialidade de Comunicação e Linguagens pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Mestre em Comunicação Educacional Multimedia e pós-graduado em Direito da Comunicação pelo Instituto Jurídico da Comunicação da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, para além de licenciado na área da educação. Exerce funções como docente e investigador no Instituto Piaget, a cujos quadros pertence, acompanhando a orientação de dissertações de mestrado em universidades portuguesas (Universidade Católica, ISCTE, Faculdade de Ciências da Universidade do Porto...) e de teses de doutoramento no Curso de Doutoramento em Ciências Sociais e da Educação da Universidade de Valladolid, Espanha, em convénio com o Instituto Piaget. Publicou em 2002, nesta colecção e editora, a obra: A Televisão e a Instituição Escolar: Os Efeitos Cognitivos das Mensagens Educativas e a sua Importância na Aprendizagem, tendo merecido as melhores referências da crítica especializada: «Estudo de referência na bibliografia portuguesa da área das ciências da comunicação (...)», in Jornal de Letras de 19/2/2003 ou, ainda, a menção de «Recomendado», in Revista Actual, p. 59 (Jornal Expresso de 22/02/2003).