A educação brasileira sempre esteve sob a influência de correntes e concepções históricas e filosóficas. É incontestável a presença marcante do Iluminismo, do Positivismo, e outras que, de certa forma, conduziram o ensino no Brasil. O estado de Santa Catarina não fugiu à regra e, em 1991, elaborou uma Proposta Curricular de ensino, que veio a ser complementada com uma nova versão em 1998, tendo em como eixo norteador o materialismo histórico-dialético, na tentativa de resgatar a história-ciência. Porém a partir da 2º versão, a proposta entra no que a Profª Maria de Fátima chama de ecletismo, assemelhando-se à concepção positivista do conhecimento. É a partir desse ecletismo que a autora faz uma série de questionamentos, pondo em discussão algumas brechas deixadas pelos elaboradores da proposta, especialmente no que diz respeito às concepções de história, aos paradigmas teóricos, aos sujeitos e ao (ou aos) objeto(s) da história.