O fracasso é uma ferida, uma ruptura no curso das coisas, um freio na energia vital. Muitas vezes temos dificuldade para aceitá-lo e procuramos evitar a dor por ele causada. Alguns o cercam de culpa, outros dele se defendem pela negação ou pela agressividade. Embora nos “levantemos”, resta a lembrança de termos caído, talvez uma parte de nós até tenha ficado no chão. Em nossos projetos como em nossas relações procuramos o êxito, algo bem natural. Ainda assim, devemos fugir do fracasso? Uma vida sem fracassos, sem rupturas, é possível? Não. Toda inovação precisa de ruptura com as normas. Toda evolução implica rompimento com o passado. Cada dia é feito de escolhas; portanto, de pequenos lutos. E se considerássemos fracassos e rupturas sob um outro ângulo? E se eles tivessem um valor heurístico? Poderíamos vê-los como guias, como os professores que podem ser.