Com a perspectiva de proporcionar um processo mais acolhedor para quem está sendo adotado e com maior entendimento por quem pretende adotar, é cabível lançar um exercício hipotético inicial: imagine como seria se existisse um modelo de adoção capaz de conjugar as demandas das família biológica e adotiva e ainda privilegiar o melhor interesse de crianças e adolescentes adotados, permitindo o contato entre todos, mesmo após a conclusão do processo de adoção? Esse caminho pode ser trilhado por meio da adoção aberta instituto que pressupõe a preservação dos vínculos pré-adoção, por intermédio da instituição de formas de contato entre a família de origem e a família adotiva, como uma medida de garantir ao adotivo o seu direito às origens sem prejuízo de integrar a família adotiva sem quaisquer distinções. Iniciado nos países anglo-saxões, o movimento pela abertura nas adoções foi conduzido por adotivos que desejavam dispor de mais elementos sobre suas origens. [...]