Em seu novo livro, "Sagrada Família", Zuenir Ventura entrelaça memória e ficção para compor uma narrativa lírica e cativante sobre os amores que resistem ao tempo e a perda da inocência. Com nostalgia e bom humor, o narrador faz uma viagem ao passado, à ficcional cidade de Florida, para recontar o que viveu em meio a uma numerosa família fluminense. A começar por sua tia, a bela Nonoca, 37 anos de idade e dois de viuvez, e as suas duas filhas, Cotinha e Leninha, 15 e 14 anos, ansiosas para conhecer o verdadeiro amor. Com tipos e cenas que, reconhece o autor, lembram de fato personagens das crônicas de Nelson Rodrigues, Zuenir recria, com grande sensibilidade, os anseios e as atribulações de uma família vivendo na região serrana do Rio de Janeiro, dos anos 1940 até um passado não muito distante.