Em Saúde Pública - Utopia de Brasil, Sarah Escorel dá uma importante contribuição à memória da saúde pública nacional, infelizmente muito curta, apesar do trabalho executado por personagens com um quê de heróicos, como os apresentados neste livro. Mário Magalhães da silveira, Adão Pereira Nunes e Valério Konder ajudaram a realizar grandes feitos, como o controle da tuberculose, as campanhas de erradicação da malária e da febre amarela e a organização do Departamento Nacional de Saúde do Ministério da Educação e Saúde Pública sob o comando de Gustavo Capanema. Enquanto narra o envolvimento dos três nas transformações realizadas na área médica, num Brasil de urbanização incipiente, projetos nacionalistas e desenvolvimentistas e que assistia ao crescimento da classe operária, a autora destaca os principais marcos de Mário, Adão e Valério, a revolta da armada de 1935 e o golpe militar de 1964, e o profundo envolvimento político deles, que acabou resultando em prisão e clandestinidade.