Na fronteira entre a autobiografia e a ficção, esse quase-romance narra histórias de família relembradas por meio de objetos herdados por Roberto Pompeu de Toledo. Em um saboroso e refinado texto, acompanhamos a formação do jornalista e suas reflexões sobre o que sobrevive ao tempo. Um relato afetuoso que ressoa em nossas próprias memórias. Conservar a edição em que primeiro se leu um livro é condição para tentar recuperar a emoção original, ao revisitá-lo, e Roberto Pompeu de Toledo conservou-os, muitos. Quando adolescente, anotava num caderno as frases e poemas que mais o impactavam. Hoje, registra aqui suas lembranças e reflexões. Um espelho, um piano, uma águia de bronze, uma escrivaninha, fotografias, bilhetes e cartas por meio desses tantos objetos que guardou consigo, o autor dribla o inexorável fluxo do tempo, revivendo histórias de pais, tias e tios, avós, amigos, professores. Em sua prosa fina, eventos políticos e sociais vão se desenrolando como pano de fundo dessas [...]