As desigualdades de género, mais do que uma questão unicamente associada ao feminino, são uma problemática que diz respeito às relações entre mulheres e homens, raparigas e rapazes. A escola, através de diversificadas práticas que são desconstruídas ao longo deste texto, tem contribuído para reproduzir as desigualdades de género, raça e classe social presentes em contextos sociais mais amplos. Mas, simultaneamente, pode funcionar como palco privilegiado de mudança, se os diferentes agentes educativos (pais, professores, directores escolares e profissionais de psicologia) quiserem responsabilizar-se por ela. A tomada de consciência desta situação constituir-se-á como passo essencial para a construção de uma escola onde a igualdade não passe unicamente de uma quimera, mas se torne uma realidade ao alcance das nossas mãos.