Tendo como base os textos gnósticos e descobertas recentes de fragmentos dos Manuscritos do Mar Morto, Prophet desenvolve a tese de que a reencarnação esteve presente nos ensinamentos de Jesus e, portanto, em toda a origem do Cristianismo. Uma afirmação polêmica na medida em que a teoria reencarnacionista tem sido repudiada com veemência pelos cristãos, sejam católicos ou evangélicos. A autora revê a história da cristandade, desde Jesus e os primeiros fiéis, passando pelos concílios da Igreja e pelas perseguições aos hereges. Segundo Prophet, Jesus foi um místico que pregava que o destino final do homem é a união com o Eu Divino. Uma afirmação corroborada pela obra de diversos pensadores da Igreja, como Giordano Bruno, condenado à morte na fogueira católica. Entre citações que vão do apóstolo Paulo até Santo Agostinho, a autora sintetiza de forma eloqüente a convicção de que a crença na pluralidade das vidas é parte inegável das escrituras cristãs.