O trabalho e sua escrita, desse modo, tendo em vista não se destinar a falar de, é um exercício de não entrar no labirinto textual jurídico espelhado, onde é fácil se perder se se entra pelas exigências de um falar de objetos apropriados como sendo do Direito. A porta aberta a esse labirinto é a imposição de sentidos, de se caminhar por um necessário vocabulário jurídico. A consequência é a autorreferência e o automatismo. Não falar de exige um esforço a mais de escrita. Não se trata, portanto, de um recurso ornamental ao literário, ou de uso de belas palavras, mas de um exercício de elaboração que resulta da própria via investigativa adotada.