Rasura rompe o formato convencional dos livros de arte. Dedicado à pintura de Luiz Zerbini, não se presta a documentá-la nem reproduzi-la, mas a comentá-la visualmente. Em vez de textos críticos, há apenas algumas anotações e citações do próprio artista. Rasura se constrói a partir de uma montagem de detalhes de quadros, esboços, recortes de livros e revistas, reunindo assim os elementos fundamentais do processo de criação de Zerbini. Na definição do crítico de arte Ivo Mesquita, "Luiz Zerbini é um poeta em muitas artes: pintor, escultor, cenógrafo e compositor. Surgido com a Geração 80, sua pintura desenvolveu-se de imagens narrativas com cenas domésticas, panoramas e flagrantes urbanos, realizada quase fotograficamente com cores iluminadas e vibrantes, para imagens de caráter mais subjetivo, às vezes abstrata, mas que revelam o aprofundamento do artista nas questões conceituais e específicas do meio: materialidade, sobreposições de gestos e procedimentos, luz e sombra, efeitos óticos, jogos entre percepção e representação".