Em tempos difíceis para os italianos da década de 1880, o Brasil passou a ser visto como um novo mundo, repleto de oportunidades para um futuro próspero. Dentre as muitas famílias italianas que se arriscaram a recomeçar a vida em colônias brasileiras, estavam os Rossato. Frei Franco, o mais velho das cinco irmãos, e Antonio, o que mais resistiu a abandonar a terra natal, foram os últimos a chegar à Colônia Caxias, no interior do Rio Grande do sul, onde o restante da família já estava instalado. A disputa por terras para o cultivo entre índios e novos colonos tornou-se acirrada, e muitas tribos foram cruelmente aniquiladas a mando dos recém-chegados. Horrorizado com as medidas tomadas pelos colonos e contrariando os interesses de um doas seus irmãos, Paolo, Antonio acabou se apaixonando por uma índia da tribo que ocupava as terras desejadas por sua família. Uma grande tragédia, então, desceu sobre os Rossato. Tomado pela ira e pelo desespero de ter perdido a amada em um ataque surpresa contra sua tribo, Antonio teria atirado em seu irmão mais velho, frei Franco. Em 2006, cento e vinte anos depois do suposto acontecido, que se transformou no fantasma de quatro gerações, o bisneto de Antonio - que recebeu o mesmo nome do bisavô - decide ir à Itália para investigar documentos pessoais de frei Franco. Em Roma, ele descobre a existência de um diário secreto escrito pelo frei que contém a resposta para a dúvida que pairou sobre sua família por tanto tempo: teria seu bisavô realmente matado o próprio irmão? O que Antonio não podia imaginar era que a história de frei Franco e todas as informações que aquele diário continha iriam além de uma mera questão familiar. Elas poderiam mudar o destino de muita gente. Até mesmo o destino da Itália.