O 11 de Setembro tem sido considerado, por académicos e práticos, um marco na história recente das Relações Internacionais, com particular incidência no domínio da segurança. Após a Guerra Fria, período durante o qual a ameaça estava claramente definida, seguiu-se uma década de incerteza e de aparente recuo das questões de segurança na agenda internacional. Os ataques perpetrados em 2001, e subsequentes, recolocaram as preocupações securitárias no topo da agenda. O distanciamento de quase uma década permite-nos constatar que as mudanças, desde então ocorridas, não consubstanciaram, todavia, uma alteração paradigmática, apenas confirmaram e/ou intensificaram tendências.A presente publicação reúne as comunicações apresentadas no âmbito do I Ciclo de Conferências associado ao Projecto "A Coordenação Europeia Multinível na Luta contra o Terrorismo Transnacional: o Caso de Portugal e Espanha", financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCTT).O primeiro capitulo contextualiza o impacto do 11/09 (ameaça e resposta à ameaça) no âmbito do debate sobre segurança iniciado no final do século XX, com destaque para as dinâmicas transnacionais e securitizadoras. O segundo capítulo incide sobre a relação complexa entre incerteza, risco e segurança no contexto da luta contra o terrorismo. No capítulo seguinte, é apresentada uma leitura crítica da deriva securitária da equação 'liberdade-segurança-justiça" associada à construção do espaço penal europeu. O quarto capítulo analisa o contributo da cooperação policial europeia para a prevenção e o combate ao terrorismo transnacional. No quinto capítulo, é traçada a evolução do agendamento da luta contra o terrorismo no quadro da Política Comum de Segurança e Defesa (antes designada 'Política Europeia de Segurança e Defesa') [...]