Ao reunir uma pluralidade de abordagens sobre movimentos de revoltas, sedições e motins, assunto importante e até hoje mal explorado, esta coletânea é um verdadeiro evento historiográfico pela abrangência de sua contribuição. Trata-se de uma iniciativa inovadora, tanto para a historiografia de formação do Estado, como para a dos movimentos de resistência dos homens pobres, livres e forros. Somos levados a conhecer episódios pouco conhecidos de nossa história, como o movimento da Serra do Rodeador, a revolta do Ronco da Abelha ou dos Marimbondos, o motim da Carne sem Osso, Farinha sem Caroço, a revolta do Quebra Quilos, o motim do Vintém e mesmo movimentos locais até agora pouco ou nada conhecidos, que engrossaram o séquito do Conselheiro na revolta de Canudos. A organizadora desta publicação explora um assunto pioneiro que são os meandros percorridos por textos jurídicos e legislativos através dos quais os políticos do império importaram do sul dos Estados Unidos meios e recursos de controle social de sublevações, sutilmente incorporados ao Código Criminal do Império. Esta coletânea nos oferece estudos dos mais variados historiadores que trabalham os limites do poder e da hegemonia na história da construção do Estado brasileiro.