Entramos numa era de esquecimento. Para o autor, o mundo de hoje é tão diferente daquele do de há algumas décadas que se perdeu a noção das nossas origens. Os resultados desta ignorância revelam-se agora calamitosos e o futuro não se afigura risonho. Perdemos os laços com um período de três gerações de debate político internacional, de pensamento e ativismo social, já não sabemos como discutir assuntos cruciais para as políticas públicas e caiu em esquecimento o papel dos intelectuais no debate, na transmissão e até na defesa das ideias que moldaram essa época. Numa obra que se lê como um roteiro para se ter a noção da história, de que tão urgentemente necessitamos, Tony Judt recupera assuntos tão díspares como o percurso de alguns intelectuais judeus e o desafio do mal, a interpretação da Guerra Fria, ou a memória do marxismo. Uma obra importante para se perceber como é que a história deu lugar à criação de mitos, que se sobrepuseram ao entendimento e à memória.