O livro revela o quanto as periferias podem expressar diferentes formas de sociabilidade urbana, a partir das relações de classe social, gênero e sexualidade, raça ou etnia. Além disso, verifica como a juventude redefine, sob uma nova ótica, a própria maneira de compreender o que significa "ser urbano" na contemporaneidade, com enfoque em jovens da periferia de Brasília. Inicialmente, Breitner Tavares discute aspectos sócio-históricos do hip-hop no Distrito Federal e sua relação com a luta pelo reconhecimento social da juventude. O autor reflete sobre como a amizade entre jovens em espaços segregados propicia a criação de seus grupos de rap, dentre outras formas de socialização, que ocorrem em espaços como a rua ou a escola. Além disso, evidencia aspectos referentes à sexualidade dos jovens e à lógica da monogamia que são considerados a partir da constituição dos vínculos afetivos. Nas entrevistas, são abordadas as orientações coletivas dos jovens face a experiências discriminatórias. Os jovens não apenas narram suas trajetórias, mas também comentam suas estratégias de enfrentamento do racismo e da violência policial.