No universo da Poesia, toda palavra é mágica e imperativa, carregando dentro de si o desejo de construir e a necessidade de urgência. São poéticas sentenças como o grito bíblico “Que se faça a luz”! Ou o encantado “Abracadabra” (“criarei enquanto falarei” em hebraico antigo, segundo a origem etimológica mais aceita), por nos lembrarem que em algum momento se acreditou que as palavras seriam capazes de gerar vida. Pensando tanto nisso, veio a pergunta: O apaixonado cria seus poemas para pessoas ou pessoas para seus poemas? Esse livro apresenta o resultado mais honesto possível na busca da resposta, sem nenhuma ideia sobre sequer ter se aproximado dela. Desafio para o leitor mais atento: Encontre dois verbos, mágicos e imperativos, se revezando no jogo de esconder entre as linhas, com a certeza de que um deles sempre aparece. Realmente espero que você os descubra.