O livro Uma Itália machadiana: memórias de um cronista e de uma época abre as portas do século de XIX com objetivo de transportar o leitor para um Rio de Janeiro oitocentesco coberto pela presença pulsante da cultura italiana em suas ruas, jornais, palcos e Corte. Depois de se sentir à vontade nesse ambiente, o leitor é convidado a acompanhar a transposição da cultura italiana na cidade carioca para a pena do cronista Machado de Assis, por exemplo, por meio da presença da ópera e de seus cantores. Vale dizer que a crônica é fotografia da cidade ou, talvez, mais que isso, porque, diferentemente de uma fotografia, a crônica não é estática. A crônica é a cidade. Uma cidade com todos os seus movimentos, sua oralidade, suas memórias, suas diferenças, seus diálogos, seus barulhos, seus incômodos, seu povo, seu canto, suas dores e suas vozes. [...]