A autora investiga o que se apresenta como “ponto de silêncio” no discurso de pacientes acometidos por fenômeno psicossomático, tendo como ponto de partida dois casos clínicos de pacientes acometidos pelo pênfigo (popularmente conhecido como fogo selvagem). O recorte está relacionado à interface entre dois campos: a Psicanálise e a Medicina, o que fez com que os atendimentos acontecessem dentro do âmbito hospitalar. Doenças classificadas como autoimunes não são tomadas como sinônimo do termo fenômeno psicossomático, o que marca a distinção dos discursos, trazendo o alerta para a discussão do estatuto do corpo dentro do próprio campo da psicanálise.