Byron se delicia com a liberdade de Veneza, exaltando, por exemplo, a figura do cavalier servante - uma espécie de amante oficial -, função que o anti-herói Beppo exerce junto à anti-heroína Laura. Em 'Beppo', Byron se vinga de seus desafetos, ao mesmo tempo que retrata um pouco de sua própria vida. Hedonista, polígamo, amante de muitas mulheres e alguns homens, iconoclasta, perdulário, o poeta viveu intensamente seus 36 anos. Foi extremamente popular no século XIX - a ponto de ter sido criada a expressão 'herói byroniano' - , ficou esquecido depois do modernismo, mas hoje não se pode negar a qualidade e a força de sua obra.