Recepção e TV a cabo trata da comunicação em sua conexão com a cultura, como agente privilegiada de construção e reconstrução das identidades culturais. O livro centra-se no fenômeno da globalização e sua relação com o espaço local, partindo da premissa de que, embora a cultura veiculada seja global, a interpretação é local. Um telejornal pode ser assistido em Porto Alegre, no Rio de Janeiro, em Nova Iorque ou em Londres. Apesar da produção ser a mesma, as recepções não o são, pois o cidadão que está em Porto Alegre não é o mesmo que está no Rio de Janeiro, em Nova Iorque ou em Londres. O autor, entretanto, destaca que este poder do receptor é parcial à medida que grande parte do sentido é determinada na idealização e realização dos produtos, sobrepondo a produção sobre a recepção.