Das profundezas da memória, o poeta vai buscar sombras patriarcais e, com elas, recria o sertão. Virgílio Maia transita entre Velho e Novo Mundo, vai do erudito ao popular, desafia histórias e geografias. Nesses deslocamentos, enriquece a artesania de seus poemas com a magia das tradições ibéricas, o simbolismo dos brasões nordestinos e a densidade cabalística das escrituras judaicas. Dessa síntese brota, enfim, uma poética em que se confundem o lírico e o épico – um espesso mundo de sentidos. Sumário Esfera armilar Sesmeiro In memoriam A Casa do Saquinho Égloga Rudes brasões Esporas de prata Punhal e lazarina Encouramento Quadro Carnaúba com corrupião Curuzu Em louvor da bandeira, um desafio Três detalhes de uma litogravura de Gilvan Samico Uma tarde em Granada Messejana, PortugalGleba Navegações Romancim do vento de domingo Sobral com suas palavras Sete momentos do Mar da Tahyba Póstumo Apud Soneto das alegrias das águas Soneto com mote de Eleuda de Carvalho Soneto de pintura e evocação Soneto com mote do magistrado Augustino Lima Chaves Soneto de gesta, com estrambote para melhor esclarecimento Soneto das seis moedas Soneto ao poeta da Ilha do Desterro Soneto com mote do poeta Dimas Macedo Soneto-legenda para um bico-de-pena de Campelo Costa Soneto do fuzilamento Soneto do cidadão fortalezense Soneto para Francisco Camilo, aquando do seu nascimento Soneto sugerido por um texto de Marcos Suassuna Soneto com mote tirado de um conto de Ronaldo Correia de Brito, com estrambote rimado Soneto com mote do astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão Soneto de outro golem Soneto a vinte e quatro quadros por segundo Soneto d’A Casa Soneto das três espadas Soneto do shin, dalet, iod Soneto C Soneto da cidade e do desejo, com ideias de Italo Calvino Soneto com mote de Natércia Campos Soneto de chuva e fome Soneto do sorriso do almocreve Soneto da nonagésima-sétima surata Soneto da surata d ‘Os Corcéis Soneto com mote de Dionísio Areopagita, apud Johannes de Sacrobosco Palavras sobre Timbre