Como a universidade pública paulista implementou a autonomia reconhecida pelo Estado em 1989? Apesar das manifestações de intelectuais, da imprensa e de ações pontuais de dirigentes, a burocracia e as pautas corporativas e populistas insistiram em ancorar a instituição aos padrões estatais, em desacordo com as congêneres internacionais e as possibilidades da autonomia. Recentemente, o crescimento das despesas exigiu que a Universidade criasse uma agenda de reformas para garantir sua autonomia. Embora a Universidade tenha considerado quase sempre o aspecto financeiro do decreto de 1989, ele pode ser, ainda, uma referência para que a instituição modifique sua gestão. São tratados temas como a gratuidade, o processo de nomeação de dirigentes, a flexibilidade dos contratos de trabalho, a avaliação, a representação externa e a prestação de contas, que definirão o modelo organizacional adequado para enfrentar os desafios à universidade no século XXI.