Buscando explorar os potenciais semióticos que o som e a música têm produzido em seu encontro com a saúde, Felipe Nunes Vargas acompanha a produção de sentido em torno das expressões sonoras no contexto da clínica em saúde mental. Tomando o corpo e o sentido a partir de Spinoza e Deleuze, situa a experiência estética diante da cognição humana, decompondo procedimentos e relações expressivas que ocorrem em torno do som e seus trajetos sensíveis no corpo, na consciência e na escuta. Como método, utiliza o diário do imaginário, uma cartografia de imagens da consciência que mapeia, de modo estético, a complexidade da experiência sonora. Por meio de pequenas ficções, "Musicalidades" orquestra relações expressivas inspiradas na prática clínica e sonoro-musical do autor, buscando envolver na linguagem a textura vibrátil da experiência.