A dissertação sob título "Do Juízo Arbitral", apresentada nos idos de 1959, pelo Prof. Gustavo Cintra Paashaus, como tese ao Concurso para a Cátedra de Prática de Processo Civil e Comercial na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do Recife, trata-se de obra marcante, porém esquecida. Uma das primeiras que trataram da arbitragem na literatura nacional, demonstrando a cultura jurídica e o grande conhecimento bibliográfico do pranteado autor. Merece, ao menos, a homenagem de sua publicação. Este trabalho, considerando a lei brasileira de arbitragem (Lei no 9.307), tem por escopo dar conhecimento às pessoas não afeitas às lides forenses como a arbitragem nasce e acontece. Deve interessar também aos estudiosos dos meios alternativos (adequados) de solução de conflitos, excluindo-se o Poder Judiciário. Trata e explica e se ocupa de seus operadores, isto é, dos eventuais clientes/usuários, órgãos arbitrais institucionais, entidades especializadas, árbitros e advogados. Além disso, tece considerações pela falta de aceitação do procedimento arbitral por aqueles a quem deveria interessar a arbitragem, o que induz a uma reflexão e estudo por sociólogos e psicólogos. Refere-se também à mediação, como método adequado de solução de conflitos, entre outros, e meio próprio de alcance da paz social, explicitando-a em seus diversos aspectos.