A obra de Miguel Torga, por não se submeter às exigências do Neo-Realismo, conseguiu atingir o equilíbrio que assegura a permanência de qualquer texto. A preocupação do autor com o destino das figuras de carne e osso que serviram de modelo para seus personagens é patente nos Novos contos da montanha, publicado em Portugal, em 1944, com novas histórias e novos protagonistas de uma mesma aldeia marcada pelo sofrimento e ameaçada pela miséria.