A pergunta que perpassa esta obra é "de se a especificidade do serviço social é a de não ter especificidade". A essa pergunta Inês responde com profundidade, retomando a história da profissão na voz de seus atores e na leitura de suas referências.Como orientador da tese que ora se transforma em livro pude acompanhar o desbravamento competente, rigoroso, crítico da autora para que os fragmentos de discurso fossem entrelaçados com as dimensões epistemológicas. Uma das contribuições mais significativas deste livro é a da ruptura com as visões simplistas e simplificadoras do Serviço Social. Assim, estão sempre presentes no texto, os paradoxos e contradições entre intervenção profissional e ação política, na sua interseção com os projetos societários numa sociedade de riscos para os direitos, a justiça, a sustentabilidade e a dignidade humana na era do capitalismo tecnológico globalizado.