Este livro é exemplar ao tomar a Marcha Nacional dos Sem-Terra como um ritual de longa duração, ocorrido entre fevereiro e abril de 1997, e torná-lo forma privilegiada de interpretação na tradição monográfica. Nas páginas deste livro surgem tanto a singularidade da marcha como peregrinação, o penoso dia-a-dia dos marchantes, os processos sociais que se desenrolam na caminhada, o movimento da sacralização da política, quanto os dilemas e as virtualidades que se apresentam à sociedade brasileira.