Ao direito fundamental à efetividade da tutela jurisdicional está ligada a tutela de urgência, e a esta, a questão da verossimilhança, que, assim, tem grande significado teórico e prático para o processo civil. O tema, porém, ainda não havia sido devidamente estudado pela doutrina, lacuna que vem de ser preenchida por esta obra, de maneira abrangente, na teoria e na sua ligação necessária com a prática. A questão da verdade é inicialmente contextualizada no âmbito filosófico, para, em seguida, ser abordada no âmbito da prova no processo, das máximas de experiência e da probabilidade. A segunda parte da obra é dedicada ao uso pragmático da verossimilhança na cognição sumária, em relação ao contraditório, à tutela cautelar e à tutela antecipada. Ainda, a noção de verossimilhança é examinada nos meios de prova, nas alegações fáticas e na função decisória. Finalmente, é ela analisada criticamente na jurisprudência dos tribunais superiores, em especial as Súmulas 735 do STF e 7 do STJ. Permeia o texto a consideração de que o processo é um espaço privilegiado para a busca da verdade provável, concluindo o Autor que ela só será atingida se nele imperar uma visão ética, que leve em conta o diálogo e a cooperação.