A obra Maioria Minorizada do cientista social, comunicador e rapper Richard Santos é fruto de sua experiência pessoal, política, cultural e social de homem negro, do asfalto carioca, forjada na vida familiar, nas bibliotecas, nos shows, nas quebradas, no movimento periférico, na paternidade, nos estúdios, nas redações, nas salas de aula e nos meios de comunicação. Uma marca importante do trabalho atual de Richard, é a relação que faz entre fenótipo e padrões estéticos rearticulados em marcações identitárias e as mediações feitas pelos veículos de comunicação. Ou seja, como os padrões estéticos e os padrões fenotípicos são mediados pela comunicação que, como aparelho ideológico que reatualiza e perpetua o racismo, institui marcações identitárias negras e não negras e propaga discursos, ideologias, e narrativas que, subjetivamente, orientam os(as) sujeitos(as) à identificação com, e ao reconhecimento como parte de, um grupo social hegemônico racializado como branco ou a uma (...)