Este é um conjunto de escritos diversos que paradoxalmente não se leem como um livro de contos de vários autores, por exemplo. Ele tem muitas vozes, formatos diversificados, mas que vão se enredando e formando um só tecido (uma teia?) de texto e imagens. Nas manifestações subjetivas, o trivial, rotineiro, o invisível da vida cotidiana vai subversivamente se travestindo em relato exemplar. Sua abordagem que se supõe ser um certo imiscuir-se no universo do outro (como em uma carta roubada) torna-se uma proposição de tipos humanos nos quais nos reconhecemos (e essa não é a qualidade dos diários de escritores que nos capturam?).