Sem saber como começar uma história, o narrador desenha um círculo no meio de uma folha. E põe-se a imaginar se, a partir daquele desenho simples, uma história poderia ter início. E não é que daquele círculo sai um coelho apressado, que desaparece em direção a outra página? Depois uma menina aflita, um chapeleiro, alguns soldados, um rei e uma rainha? E também surge um gato listrado, sorridente e matreiro? São os personagens de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, que invadem as páginas e vão assumindo o roteiro, cabendo ao autor a tarefa de conceber o cenário para eles.