A narrativa de "Eu, um Outro" é de uma delicadeza irresistível. A arte, a história, o cotidiano e a autobiografia combinam-se para revelar a beleza de um mundo amargo que precisa apenas ser enxergado. O ganhador do Nobel Imre Kértesz nos leva a acompanhar seus passos por caminhos em ruínas. Mas não há desesperança. Sua humanidade contagia e reconstrói o que parece destruído. Suas frases provocam o leitor a pensar e apontam paisagens inéditas. O Eu nunca é o mesmo, adaptando-se às intempéries e às belezas. Perdendo-se e encontrando-se. Enfrentando as barbáries pessoais e coletivas. Eu, um outro é um desses raros livros que nunca se esgotam.