Pela primeira vez na historiografia sobre os protestos estudantis de 1968, surgem, lado a lado, relatos minuciosos de movimentos estudantis dentro e fora do eixo Rio-São Paulo.Do conjunto desses estudos, que abrangem também as cidades de Curitiba, Belo Horizonte, Goiânia e Maceió, o ano de 1968 aparece mais denso e complexo. Entrevistas, artigos na imprensa local, fontes oficiais e não-oficiais, depoimentos e memórias recém-publicados resultam em análises novas e em visões estimulantes daquela rica fase de protestos. Assim, nesse trabalho coletivo e longamente gestado, resultado da obsessão e tenacidade de um grupo de pesquisadores dedicados a um tema fascinante, trazemos nossa contribuição às comemorações dos 30 anos não na forma de mitificação ou de elegia, mas do estudo objetivo de um momento chave de nossa história.