Meninos são melhores em matemática. Meninas têm mais facilidade para expressar sentimentos. é assim que somos feitos. Afirmações como essas fazem parte do nosso dia a dia, mas será que a equação é tão simples assim? Em Cérebro Azul ou Rosa: O Impacto das Diferenças de Gênero na Educação, a neurocientista Lise Eliot nos instiga a repensar essas questões. Com base em suas pesquisas no campo da neuroplasticidade, a autora argumenta que os cérebros dos bebês são tão maleáveis que as diferenças pequenas e sem importância no nascimento são aumentadas ao longo do tempo conforme os pais, os professores, os pares e a cultura em geral reforçam, involuntariamente, estereótipos de gênero. é verdade que os genes e os hormônios desempenham um papel nas diferenças menino-menina, mas eles são apenas o inìcio. Fatores sociais, tais como a nossa maneira de falar com um filho homem e com uma filha mulher, de incentivá-lo a ou dissuadi-la de ser fisicamente aventureiro, estão se revelando muito mais importantes do que pensávamos. Nesta obra, Lise Eliot oferece uma ajuda concreta a pais e professores. Ao examinar como surgem as diferenças entre os sexos em vez de simplesmente aceitá-las como fatos biológicos podemos ajudar todas as crianças a atingir seu pleno potencial e encerrar as guerras de gênero que atualmente nos dividem.