As relações que se desenvolvem em Sabão de Coco, têm uma atmosfera da cultura afro-brasileira, incorporada não só em seus personagens, mas nos acontecimentos do dia a dia. Orixás e Exus, ao mesmo tempo em que orientavam a população e davam a ela a assistência devida, também abandonavam os moradores à própria sorte. Dentro dessas manifestações a obra resgata, em sua narrativa ficcional, a importância do Exu Rei das Sete Encruzilhadas da Lira, entidade que se manifestava por meio da médium Cacilda de Assis e a magia que se criou em torno dela no Brasil da década de 1970, fortalecida pelas emissoras de televisão da época e outros veículos de comunicação. Sabão de Coco nos traz também um Rio de Janeiro conhecido de poucos, com localizações especificas, comportamentos próprios do subúrbio e do período em que a história se passa.