Quando os espanhóis chegaram aos domínios do Tawantinsuyo, por volta de 1532, se depararam com mulheres indígenas, cujos papéis e funções não se encaixavam nos padrões europeus, prescritos e naturalizados para o sexo feminino. Essas mulheres tinham participação ativa e importante na sociedade, exercendo poder e autoridade na organização política dos incas, sendo inclusive adoradas e reverenciadas como huacas, heroínas e governadoras. Este livro apresenta um estudo das imagens/representações destas mulheres veiculadas nas crônicas coloniais e na historiografia contemporânea a respeito das origens e expansão do Tawantinsuyo.