Como profissional enveredado pelos caminhos de projetos de engenharia, inúmeras foram as ocasiões em que, direta ou indiretamente, deparei com peças ou elementos de máquinas que contemplavam em suas construções o singular material chamado "borracha", que não se comporta como um sólido rígido ou um líquido fluido e é repleto de mistérios. Estudando com atenção e objetividade maiores, sob a óptica da engenharia dos materiais aliada à química, e somado aos conhecimentos já existentes da mecânica, verificamos que não se trata simplesmente de "borracha", mas sim de uma ciência que exige conhecimentos específicos, com profundidade além do que se imagina, iniciando assim passos mais consistentes no caminho da tecnologia dos elastômeros. Considerando as responsabilidades técnicas e os precisos critérios de utilização das peças em borracha, ou conjugadas borracha-substratos, percebemos que os cilindros emborrachados são elementos de máquinas que exigem cuidados e conhecimentos técnicos, desde seu projeto até seu desempenho em operações das mais extremas, pois qualquer falha pode causar parada de máquina e prejuízos elevados. Surgiu daí o primeiro embrião, com anotações de campo, cadernetas seguidas de análises e cálculos de dimensionamentos, depois acompanhamento em processos de fabricação, formulações, custos, manuseio, montagem, observações de desempenho, etc., culminando nestas páginas, as quais tenho a grata satisfação de compartilhar com meus amigos interessados no assunto.