Terra, família, solidariedade mostra o complexo processo de construção histórica das condições de reprodução de uma economia camponesa em meio à hegemonia da produção agroexportadora em Juiz de Fora, Minas Gerais, no contexto da crise do trabalho escravo. O livro consegue revelar ao leitor como, em meio à expansão escravista cafeeira na região, engendrou-se uma identidade camponesa entre a população liberta ou já nascida livre e um projeto camponês entre os últimos escravos. O texto nos permite também refletir sobre os elementos de coesão e conflito no interior do campesinato, assim constituído no pós-abolição. ...Em resumo, a obra evoca camponeses e escravos, libertos camponeses, camponeses com escravos, escravos em busca de um projeto camponês, e, principalmente, as solidariedades e conflitos entre eles, com a complexidade que só as boas pesquisas conseguem produzir.