O que dizer então dos primeiros colecionadores de arte moderna terem sido dois russos que moravam em Moscou? Não eram os franceses que estavam interessados em apoiar a ruptura com o passado da linguagem artística acadêmica, e sim dois empresários que vinham da distante Rússia, um país ainda submetido ao despotismo do czar Nicolau II. Como se fosse um romance, um drama histórico que mescla prazer estético, amor, transgressão, dor, perdas, fuga, exílio, esquecimento e legado, esse relato vai se desdobrando sobre os momentos mais cruciais que envolveram a vida desses homens e o percurso dessas coleções. Obras dos principais artistas que estavam criando a arte moderna tais como: Monet, Gauguin, Van Gogh, Cézanne, Matisse e Picasso, dentre outros, faziam das mansões desses dois russos um verdadeiro celeiro de ideias, formas e cores modernas.